Parafraseando PALATOS DE ALEXANDRIA, às vezes me pergunto: “Será que estamos mortos e sonhamos viver, ou será que estamos vivos e foi a vida quem morreu?”
O CAOS que assola Fronteiras só pode ser combatido com uma intervenção divina, pois os desacertos que vivemos e presenciamos, as leis e as ações humanas são inoperantes e incapazes de agir e derrotá-los.
Durante a noite tenho o hábito de ficar observando a cidade e me questiono por quê , uma cidade como a nossa, que tem tudo para ser uma cidade modelo, limpa, iluminada, com projetos sociais que direcionem os jovens para um futuro melhor; um sistema de saúde que funcione levando em conta o ser humano como ALVO PRIMEIRO, que tenha projetos para revitalizar o centro da cidade (pois o mesmo está morto, só falta jogar uma PÁ de CAL), que gere empregos, uma assistência social eficiente e eficaz, uma educação que prepare o jovem para desbravar novos horizontes e enfrentar os desafios da vida e superá-los com sucesso, é na verdade uma cidade que está morrendo aos poucos.
Está morrendo por que os órgãos públicos que deveriam gerar qualidade de vida, consciência coletiva, motivação para que os filhos desta terra aqui continuem e amem cada vez mais o solo querido, fogem do seu papel e atuam exercendo efeito contrário, roubando e matando na sua prole o que há de mais sagrado: OS SONHOS!
Parafraseando PALATOS DE ALEXANDRIA, às vezes me pergunto: “Será que estamos mortos e sonhamos viver, ou será que estamos vivos e foi a vida quem morreu?”
Acho que estamos mortos, apenas sonhamos viver, pois os mortos não reagem, aceitam tudo. São indiferentes, apáticos e não mais agem, nem interagem sobre nada, tudo aceitam, tudo suportam. Estamos tão mortos e sonhamos que vivemos, que nem uma ambulância para transportar os nossos ‘ZUMBIS’ nós temos.
Presencio com frequência cancerosos, fraturados, baleados, enfim, todo tipo de doente sendo transportado indignamente dentro de carros desapropriados, jogados como dejetos, pois salvo engano, a quarta cidade mais rica do Estado NÃO TEM SEQUER UMA AMBULÂNCIA. E não porque nos falta dinheiro para comprar uma, duas ou três; FALTA COMPROMISSO, AMOR, DIGNIDADE, RESPEITO AO SER HUMANO, AOS FILHOS DA TERRA! FALTA TUDO; TODO TIPO DE SENTIMENTO, os nossos gestores já perderam a sensibilidade, pois com o dinheiro que o município recebe mensalmente dá pra fazer tudo o que deveria ser feito, comprar duas ou três ambulâncias equipadas por mês e propiciar aos nossos munícipes uma qualidade mínima pelo menos na hora da morte.
Já viajei muito, conheci boa parte do mundo, por onde andei olhei, observei e analisei: Todo lugar tem problemas, omissões, pessoas descomprometidas; porém Fronteiras supera todas as que já conheci, as coisas más, ruins e destrutivas acontecem a céu aberto, são públicas e notórias e ninguém se manifesta publicamente, apenas uns poucos dão a cara a tapa correndo o risco de serem mortalmente perseguidos pela fúria dos que detêm o poder.
Sou filho de Fronteiras, resolvi voltar para aqui terminar os meus dias de vida, lutar por uma comunidade melhor, custe o que custar, pois não dá para ficar com o grito preso na garganta e ficar omisso, pois o próprio Cristo fala que O MORNO PRECISA SER VOMITADO!
Por isso, convoco todos os filhos que realmente amam a nossa terra, vamos lutar, vamos fazer uma corrente de oração, seja qual for a sua religião, eu, recorrendo ao meu credo religioso, peço à Virgem do Perpétuo Socorro que toque o coração desumano dos que estão com as rédeas da nossa querida Fronteiras, que lembrem-se que são mortais, que são efêmeros, transitórios e passageiros, e talvez muito mais cedo que imaginem irão prestar contas dos seus atos, pois a quem muito foi dado, muito será cobrado.
FONTE: fronteirasonline.blogspot.com
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