segunda-feira, 27 de julho de 2015

Como era nossa alimentação há 100 anos?

Comida Antiga
Um trabalho a menos
As prateleiras dos mercadinhos tinham menos opções que hoje. Mas a Revolução Industrial já havia se consolidado e disseminado alguns "produtos intermediários": aqueles processados, mas ainda não prontos para o consumo ou que apenas integram outras receitas. Era o caso do leite em pó, do leite condensado, do açúcar e dos enlatados. Ninguém mais precisava moer farinha em casa!
Variando o cardápio
A Revolução Industrial também aumentou a produção, aperfeiçoou a conservação e facilitou o transporte da comida. Ou seja: nunca houve tanto alimento circulando pelo mundo. Navios rápidos e refrigerados, por exemplo, permitiram a exportação de frutas tropicais e carnes da América do Sul para a do Norte e Europa. O interior do Brasil começou a consumir peixes marinhos frescos
Mais saudável? Que nada!
É claro que não havia fast-foods, preservantes químicos e bobagens pré-prontas. Mas, por outro lado, era comum fritar com banha animal, que é gordura pura. Carnes eram guardadas no sal ou no óleo, péssimos para o coração e circulação. A contaminação por doenças era comum. A ciência ainda não sabia muito sobre vitaminas ou os efeitos da comida sobre nossa saúde
Raspando o prato
Até a popularização da geladeira, a partir dos anos 50, conservar a comida em casa era um problemão. Era mais difícil consumir alimentos frescos - rolavam mais legumes enlatados e leite sob forma de queijo e iogurte, por exemplo. Também para evitar o desperdício, era comum comer tudo que fosse posto à mesa, criando refeições mais calóricas e menos balanceadas
Revolução Social
A expansão do mercado de trabalho atraiu quem antes atuava nas tarefas domésticas. Sem suas cozinheiras, donas de casa passaram a pilotar o próprio fogão (e a apelar cada vez mais para produtos prontos). Outras evitaram essa "humilhação" também saindo de casa para trabalhar. Para atender a esses novos profissionais nas ruas, os restaurantes se multiplicaram
E como será daqui a 100 anos?
Maça
Carnívoros, chorem
Criar gado exige espaço, água e ração (que, por sua vez, demanda ainda mais espaço e água). Como nada disso será abundante no futuro, esse alimento será cada vez mais caro. Uma alternativa será a carne desenvolvida em laboratório. Ela é 100% natural, apenas cresce fora da vaca. A tecnologia já existe, mas é dispendiosa: o primeiro hambúrguer feito desse material custou cerca de R$ 770 mil
Mato do mar
A pesca nos oceanos chegou ao limite de produção em 2004. A solução deve ser a aquacultura, que permite criar peixes, moluscos e crustáceos tanto no alto-mar como em viveiros em terra firme. Algas serão muito produzidas: além de alimento, servem para fazer ração, biocombustíveis e plásticos. Nosso menu também passará a incluir bizarrices como o pepino-do-mar
Gafanhoto à milanesa
Em algumas culturas, insetos já são comida. No futuro, todos teremos que encará-los dessa maneira. Faz sentido: enquanto 10 kg de ração geram só 1 kg de carne bovina, a mesma quantidade gera 8 kg de carne de insetos. Não precisa ficar com nojo. Eles poderão ser consumidos na forma de uma farinha rica em proteína ou de carne processada, como os atuais nuggets de frango
Salada de DNA
Atualmente, cultivamos só 7 mil tipos de vegetais, mas pesquisas indicam que há mais de 125 mil espécies comestíveis. Certamente abriremos espaço para elas no nosso cardápio - especialmente se forem mais nutritivas ou fáceis de plantar. É possível até que nós mesmos as criemos, com intervenções genéticas. Os alimentos transgênicos serão mais seguros e perderão a má fama que têm atualmente
Horta em casa
O aquecimento global será uma pedra no sapato. Mas terá ao menos um aspecto positivo: as mudanças no clima permitirão plantações de certas espécies em áreas antes consideradas inadequadas. E, como o combustível para transporte ficará cada vez mais caro, o cultivo migrará da zona rural para as grandes cidades, em estufas privadas, em grandes prédios-fazenda ou no telhado das casas
FONTES: Livro História da Alimentação, de Luciano Vieira Machado; artigos A Tecnologia Moderna de Alimentos: Rumo a uma Industrialização da Natureza, de Bernardo Sorj e John Wilkinson, e Huge Shift in What We Eat, de Julian Cribb; e sites da FAO-ONU e Universidade de Maastricht

Encontrado o exoplaneta mais parecido com a Terra

Até agora, Kepler-452b é o mais promissor candidato à vida

Encontrado o exoplaneta mais parecido com a Terra

Até agora, Kepler-452b é o mais promissor candidato à vida
POR Fábio Marton ATUALIZADO EM 23/07/2015
ExoplanetaNASA
A terra comparada ao novo exoplaneta - de forma otimista, retratado com mares
Parece aquela dos "separados no nascimento". A 1500 anos-luz de distância, um planeta rochoso orbita a zona habitável de uma estrela do tipo G2, como o Sol, mas 20% mais brilhante. Sua translação dura 385 dias (para quem realmente é ruim com informações, 20 a mais que a nossa). E, a melhor de todas as notícias, tem feito isso por 1,5 bilhão de anos a mais a mais que a gente.
"É inspirador considerar que esse planeta passou 6 bilhões de anos na zona habitável de sua estrela", afirma Jon Jenkins, analista de dados da Nasa. "É uma oportunidade substancial para a vida surgir, se todos os ingredientes e condições necessários existirem nesse planeta."
O Kepler-452b é o irmão mais velho da Terra em mais de um sentido. Ele tem um diâmetro 60% maior que a Terra - quer dizer que a gravidade deve ser bem grande, e a vida, tirando pelos oceanos, seria bem diferente. O voo seria quase impossível e os animais terrestres tenderiam a ser pequenos e troncudos.
Mas pensar nisso é colocar a carroça na frente dos burros. O novo exoplaneta se junta a outros 10 descobertos recentemente na lista dos prováveis candidatos à vida, mas ainda sabemos muito pouco sobre ele.
Fonte:
NASA's Kepler Mission Discovers Bigger, Older Cousin to Earth,Nasa

8 pequenas mudanças na rotina que farão você viver mais

Antes de assinar o plano de dois anos na academia ou encher a dispensa de alfafa, confira nossas dicas simples para viver mais. Sim, dá para fazer ainda hoje.

8 pequenas mudanças na rotina que farão você viver mais

Antes de assinar o plano de dois anos na academia ou encher a dispensa de alfafa, confira nossas dicas simples para viver mais. Sim, dá para fazer ainda hoje.
POR Priscila Bellini ATUALIZADO EM 22/07/2015
1. Levante-se
Gifs SaúdeReprodução/Giphy
É sério. Ficar muito tempo esparramado no sofá por si só já é um problema para a sua saúde. Os cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, analisaram 60 voluntários e perceberam que, quanto mais tempo os voluntários passavam sentados, mais os telômeros deles encurtavam. Essas estruturas de nome complicado ficam no extremo de cada cromossomo e têm tudo a ver com a duração da sua vida - e, por isso, seu encolhimento acenderia o sinal vermelho. Que tal ler esse texto e depois esticar um pouco as pernas?

2. Coma uma castanha-do-pará imediatamente
gif nutReprodução
Convenhamos: melhor do que ter uma vida longa, é ter uma vida longa e sem abalos cognitivos (leia-se: Alzheimer, Parkinson e outras complicações). Para chegar lá sem problemas, um bom começo é garantir as doses diárias de selênio, substância que barra a produção de radicais livres, moléculas relacionadas ao avanço do mal de Alzheimer. E, pasme, você só precisa de uma unidade de castanha-do-pará por dia. Uma só.

3. A castanha está cara? Coma amendoim
Gifs SaúdeReprodução/Giphy
Tudo bem, a gente reconhece que a castanha-do-pará não é o alimento mais barato do mundo. Mas o amendoim, que você encontra em qualquer mercado por aí, cabe no bolso e foi objeto de um estudo da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Os estudiosos verificaram que o consumo de oleaginosas, a família que inclui o amendoim, reduziria o risco de morrer por qualquer causa, principalmente por problemas cardíacos. Daí que, como o amendoim é um item mais acessível, a recomendação é comer até quatro porções por semana. Como indica também a American Heart Association, o ideal é optar pela versão sem sal.    

4. Maneire na corrida
Gifs SaúdeReprodução/Giphy
Exagerar na intensidade pode causar mais mal do que bem. Foi isso que os pesquisadores do Hospital Frederiksberg, na Dinamarca, constataram após 12 anos de investigação. Eles viram que a mortalidade entre pessoas sedentárias não diferia muito daqueles que ficavam muito esbaforidos depois da atividade física. Portanto, nada de exagerar na dose: reconheça os limites e não transforme essa prática em algo extenuante.

5. Faça 15 minutinhos de exercício
Gifs SaúdeReprodução/Giphy
Esse tempo de atividade já faz toda a diferença. Uma pesquisa publicada no The Lancet chegou à medida depois de avaliar os dados de mais de 400 mil pessoas. Separar esse tempo para uma caminhada reduz em 14% o risco de morrer por qualquer causa.  

6. Tenha cuidado com o refrigerante
Gifs SaúdeReprodução/Giphy
Mais uma vez, essa história tem tudo a ver com telômeros, as estruturas que já mencionamos e que estão ligadas ao envelhecimento. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia acompanhou 5 mil voluntários, que tinham de 20 a 65 anos, para checar as consequências de incluir o líquido no dia a dia. Resultado: 340 ml, todos os dias, já eram suficientes para impactar os telômeros - e os efeitos negativos no corpo eram semelhantes ao do tabagismo. Nada de exagerar nos goles.

7. Que tal um chazinho?
Gifs SaúdeReprodução/Giphy
Já aposentou aquelas garrafas de refri que estavam na cozinha? O próximo passo é tomar de uma a quatro xícaras de chá. A recomendação vem da Sociedade Europeia de Cardiologia, que constatou uma redução de 24% na mortalidade não-relacionada a problemas cardíacos quando os sujeitos consumiam chá. 

8. Aproveite o sol
Gifs SaúdeReprodução/Giphy
Encare 15 minutos de luz natural e voilà. Já é suficiente para melhorar os índices de vitamina D e diminuir o risco de desenvolver alguns tipos de câncer, como o de mama e o de cólon. A substância ainda beneficia o cérebro e ajuda na absorção do cálcio, o que fortalece os ossos.