domingo, 10 de janeiro de 2016

Grama sintética pode ser o futuro da energia eólica

Criada a partir de uma parceria entre China e Estados Unidos, a "grama" pode fornecer energia para uma casa inteira

Em breve, não vai mais ser necessário um cata-vento gigante para produzir energia eólica: uma espécie de grama sintética, que poderá ficar no telhado das casas, fará o trabalho. Pequenas tirinhas de plástico flexível são colocadas em um painél. Elas possuem nanofios anexados de um lado, e, do outro, uma camada de óxido de índio-estanho (OIE), que é o principal componente das telas de cristal líquido. Ao contrário do vidro, ele é capaz de conduzir eletricidade. É aí que entra a sacada da nova tecnologia: quando o vento sopra, os nanofios entram em contato com com a superfície de OIE do vizinho. Esse contato permite que que os elétrons passem de um material para o outro, criando uma corrente elétrica.
gramaWiki Commons
Até agora, o gerador só foi testado em laboratório, com 60 tirinhas, o que gerou energia o suficiente para iluminar 60 lâmpadas de LED. Ele funciona com ventos a partir de 21 km/h, mas foi mais eficiente com ventos diretos de 100 km/h. Segundo os pesquisadores, a ideia não é só extrair energia dos ventos fracos e constantes, mas também das rajadas fortes.
A ideia é boa, mas, até agora, enfrenta dois grandes problemas: o primeiro é o armazenamento. Para que o sistema funcione com sucesso, ele precisa ser capaz de armazenar energia, já que os fenômenos naturais não podem ser controlados. Em um dia pode ventar muito, no outro pode não ventar nada. O outro problema, como aponta o pesquisador Fernando Galembeck, da Unicamp, em entrevista à New Scientist, é o OIE. Ele é pobre em propriedades mecânicas -é frágil-, custa caro e ainda é tóxico. Ele afirma: "O conceito é altamente promissor, mas a sua realização depende da mudança para outros materiais".

Ficar checando e-mails faz mal para saúde

Se você tiver algumas centenas de e-mails para serem lidos, nem comece a se preocupar

Ter uma caixa de e-mails lotada talvez seja só um sinal de que você está cuidando bem da sua saúde. Pelo menos essa é a desculpa que pode ser usada depois que um grupo de pesquisadores da Future Work, uma organização que produz estudos de maneira independente, atestou: ficar checando e-mails pode te fazer mal.
De acordo com o estudo, a utilização do e-mail está intimamente relacionada aos níveis de estresse das pessoas. Quanto mais você checa seu e-mail, mais estressado você fica. ?Os hábitos que desenvolvemos, as reações emocionais que as mensagens nos trazem e as regras de etiqueta (não escritas) que existem em relação ao e-mail se combinam em uma fonte de estresse que pode impactar negativamente nossa produtividade e bem-estar?, aponta um dos responsáveis pela pesquisa, Richard MacKinnon, em comunicado à imprensa.
LEIA: Ter um cachorro diminui estresse e ansiedade em crianças
A pesquisa foi feita com cerca de dois mil ingleses com diferentes tipos de trabalhos e setores da economia. E os resultados mostram que quase metade dos entrevistados possuem no celular o sistema de notificação automática ao receberem e-mail (função chamada push), além disso 62% deles mantém uma janela de e-mails aberta durante todo o dia. Os maiores índices de estresse foram encontrados naqueles que checam as logo que acordam ou tarde da noite.
Os pesquisadores apontam que a personalidade de cada um acaba sendo o termômetro para ver o quanto os e-mails vão afetar ou não sua qualidade de vida, mas que um impacto, em geral, é sentido. Para os interessados em um maior relaxamento, o estudo afirma que algumas atitudes podem ajudar, entre os atos citados estão questionar se é realmente necessário abrir os e-mails, organizar seu dia priorizando seu trabalho (dando menos importância para outros assuntos que chegam na sua caixa) e desligar as notificações automáticas das mensagens no celular.

Dentre as 20 cidades mais desenvolvidas do Brasil, nenhuma é capital

O Índice de Desenvolvimento Municipal do Firjan aponta que o desenvolvimento se concentra no interior paulista. Eusébio, no Ceará, é a única representante do Nordeste.

O estado mais rico da federação é também o que congrega o maior número de cidades com um elevado índice de desenvolvimento, segundo revela um estudo do Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) divulgado no final do ano passado com dados de 2013.
Dos 431 municípios que possuem um desenvolvimento considerado alto, quase metade está em São Paulo.
Mas é de uma cidade de pouco mais de 30 mil habitantes no sudoeste de Minas Gerais o título de cidade mais desenvolvida do Brasil, segundo o índice.
Em menos de uma década, Extrema (MG) pulou da 569ª posição para o primeiro posto do ranking graças a uma série de avanços nas áreas de Educação e Saúde.
Para se ter uma ideia, a cidade possui um mercado de trabalho com capacidade para empregar 65,7% de sua população em idade ativa ? o dobro da proporção média do país. Mas não é só isso. Extrema também erradicou o abandono escolar no Ensino Fundamental e possui um IDEB médio de 6,1 ? enquanto a média do país é de 4,5.
Do método 
Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, melhor é o desenvolvimento da cidade.
A nota é calculada segundo a análise de três conjuntos de indicadores.
Em Emprego e Renda, o índice leva em conta o quanto a cidade gera de empregos formais, sua capacidade de absorver a mão de obra local, quanto de renda formal é gerada, os salários médios e a desigualdade social.
Já em Educação, a Firjan analisa o número de matrículas na educação infantil, a proporção de estudantes que abandonam o ensino fundamental, além da distorção idade-série, o número de professores com ensino superior, a média de aulas diárias e o resultado do Ideb no ensino fundamental.
O índice Saúde é calculado, por sua vez, com base no número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e número de internações sensíveis à atenção básica (ISAB).
Em 2013, o IFDM Emprego e Renda recuou 4,3% e ficou com 0,7023 pontos, a menor nota desde a crise de 2009. Já a área de Educação avançou 2,8% com relação a 2012 e ficou em 0,7615. Os indicadores ligados à Saúde ficaram em 0,7684 - um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior.
IFDM.

Cerca de 60,3% das cidades analisadas tiveram um desempenho considerado moderado no ranking. Apenas 431 municípios possuem um índice de desenvolvimento considerado elevado pelo estudo ? ou o equivalente a 7,8% do total analisado.  Veja, nas imagens, a lista das 20 cidades mais desenvolvidas do país.