segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Fronteiras - Semi Árido Piauiense Secas, falta e mau uso da água

A inércia política agrava a crise da água. Esta crise mundial nos próximos anos será cobrada em proporções sem precedentes e aumentará a crescente escassez por falta de água nos inúmeros países subdesenvolvidos.
Miguel Ângelo Pereira Sobreira


Fronteiras/Brasil / Meio Ambiente A humanidade está cada vez mais preocupada com a deterioração que sofre o planeta, pela falta de responsabilidade de muitos na utilização de suas riquezas naturais em função da saúde, da sobrevivência. Há muitos países que não souberam avaliar o que representa o cuidado e o uso adequado da água; é desperdiçada, contaminada, e os efeitos a longo prazo são fatais já que é um elemento determinante em nossa vida. Há nações que têm problemas com a água, com sua escassez, além dos grandes períodos de secas e da deterioração das grandes florestas.
Comentou-se muito, como relata o portal "proyectopv.org", que a seca provoca efeitos devastadores nos países que a sofrem. Atualmente, muitos têm menos água do que precisam. No início do próximo século, um terço das nações terá escassez de água de modo permanente. A primavera é cada vez mais pobre como conseqüência da derrubada das florestas e da mudança climática. Os lagos subterrâneos, que datam de tempos pré-históricos, estão se esgotando rapidamente.
Destacamos também que o ser humano considera o solo, que normalmente chama terra, como algo morto, onde pode colocar, acumular ou jogar qualquer produto sólido ou liquido que já não é mais útil ou que sabe perfeitamente é tóxico. A humanidade obtém a maior quantidade de água dos rios, mas quase todos se encontram inservíveis por causa da contaminação.A água de mar dessalinizada é uma fonte potencial, mesmo que o custo do processo seja dez vezes maior.
A inércia política agrava a crise da água. A crise mundial deste elemento nos próximos anos será cobrado em proporções sem precedentes e aumentará a crescente escassez por falta de água nas regiões carentes dos inúmeros países subdesenvolvidos. Os recursos hídricos diminuirão continuamente por causa do crescimento da população, da contaminação e da mudança climática.
É válido quando se destaca que a falta de consciência sobre a magnitude do problema, a inércia dos dirigentes e as atitudes e condutas inapropriadas, explicam a deterioração progressiva da situação e a razão porque não se adotam as medidas necessárias. Em meados deste século bilhões de pessoas sofrerão escassez de água em todo mundo. Calcula-se que 20% do aumento e da escassez mundial serão devidos à mudança climática. Nas zonas úmidas é bem provável que as precipitações aumentem, enquanto em muitas zonas propensas à seca e, inclusive em algumas regiões tropicais e subtropicais, diminuirão e serão mais irregulares. A qualidade da água piorará com a elevação de sua temperatura e com o aumento dos índices de contaminação. Já nos últimos anos tornou-se evidente uma importante diminuição na sua qualidade. E os mais afetados continuam sendo os pobres, já que 50% da população dos países subdesenvolvidos está exposta ao perigo que representam as fontes de água contaminada.
Não nos surpreende, portanto, como indica o portal de ecologia "ecoportal.net", que em 2017, de acordo com a ONU, cerca de 70% da população global terão problemas para ter acesso à água doce. E em 2025, aproximadamente 40% viverão em regiões onde a água escasseará.
Mas enquanto os políticos, autoridades públicas e líderes da indústria discutem na Semana Mundial da Água, que está sendo realizado na Suécia, como melhorar o acesso à água e frear a fome que provoca nas nações pobres.
As advertências feitas por diferentes países mostram que a falta de água não é um problema futuro.
Muito interessante e significativo são os dados que indicam que cerca da metade dos distritos da Índia está sofrendo uma seca que poderia afetar a produção de arroz. A temporada das monções trouxe menos chuva (29% ) que o habitual, o que poderia reduzir a produção deste grão em 10 milhões de toneladas.
As chuvas das monções são críticas para o futuro da produção agrícola, que representa a sexta parte do que o país produz. Enquanto em Andhra Pradesh, um dos estados afetados, a polícia investiga o suicídio de 20 camponeses cujas mortes podem estar relacionadas com a falta de água.
Destacam que no Quênia, na África, a seca já está gerando escassez de alimentos nas regiões semiáridas do sudeste e no centro do país.
O correspondente da BBC na África Oriental, Will Ross, comenta que as colheitas não foram boas e os camponeses lutam para manterem seus animais vivos.
Segundo o Programa Mundial de Alimentos da ONU, "as pessoas estão dizendo que é a pior seca desde 2000".
Relatórios indicam que muitos camponeses começaram a abandonar as zonas rurais –onde sobrevivem graças à ajuda humanitária– para mudar-se para as já congestionadas favelas das cidades.
Chama atenção, como destaca o portal de ecologia "ecoportal.net", que as chuvas deste verão no México serão inferiores à média histórica, o que provocará seca muito parecida às secas de 1982 e 1997, de acordo com as fontes oficiais.
De acordo com as informações da coordenação geral do Serviço Meteorológico Nacional (SMN), julho foi o segundo mês com menos chuvas no território nacional em 58 anos. Até agora o nível das represas está com uma média de 60% , embora algumas já estejam vazias e as do sistema Cutzamala, que abastece o vale do México, estão com 42%.
Por sua vez, na Guatemala os camponeses perderam até 80% da safra de milho e na capital vários relatórios indicam que pelo menos 60 pessoas foram diagnosticadas com desnutrição e 17 morreram.
Especialistas indicam que a seca que está afetando a América Latina se deve à presença do fenômeno meteorológico conhecido como El Niño, que ocorrre quando aumenta a temperatura das águas superficiais do Pacífico Central. A Organização Meteorológica Mundial advertiu que emborao fenômeno El Niño esteja fraco, este ano, poderia desencadear padrões climáticos anormais em muitas regiões, provocando chuvas em algumas regiões e secas em outras.
Considera-se muito a contribuição do portal "proyectopv.org": no mundo há mais de 2,2 milhões de pessoas que morrem anualmente, devido às doenças causadas pela água potável contaminada e pelo saneamento deficiente. Uma grande parte dessas mortes se deve às doenças causadas pela água. Aproximadamente um milhão de pessoas morrem anualmente de malária e mais de 200 milhões sofrem de esquistossomose, uma doença conhecida também como bilharziose. Todas estas terríveis desgraças, bem como os sofrimentos e perdas envolvidas, podem ser evitadas.
Atualmente a indústria utiliza 22% da água consumida no mundo. Nos países ricos essa porcentagem sobe para 59%, enquanto nos países pobres chega somente a 8%. Em 2025 essa proporção atingirá 24%. Calcula-se que nesse momento serão gastos 1.170 m³. de água anual para uso industrial. Outro aspecto a ser considerado é quando se indica que também existe o risco de se privatizar a produção de água potável, sua distribuição e preço. Nesta situação os pobres é que sofrerão mais, pois têm menos acesso ao abastecimento de água e devem pagar proporcionalmente mais por ela. Por exemplo, em Nova Delhi, Índia, a água é vendida aos pobres por 4,89 dólares por metro cúbico, enquanto as famílias que possuem água corrente domiciliar pagam somente 0,01 dólares pela mesma quantidade. Em Vientiane, República Democrática Popular Lao, os vendedores cobram 14,68 dólares por metro cúbico, enquanto a tarifa municipal é somente de 0,11 dólares. A população pobre que vive essa situação nas cidades é a primeira vítima das afecções causadas pela falta de saneamentos, pelas inundações e, inclusive, por doenças provocadas pela água como a malária, que se tornou uma das principais causas de morte em muitas áreas urbanas.
__________________
Miguel Ângelo P. Sobreira. Farmacêutico/Bioquímico (URNe-PB), Pós Graduado em Extensão de Ensino (UFPI-PI), Especialista em  Imunohematologia Laboratorial(SENAC-SP), Especializando em Análises Clínicas (Cathedral / I-BRAS – PR).

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A RELAÇÃO ENTRE RELIGIÃO E CIÊNCIA


Não que Religião e Ciência tenham que ser inimigas naturais, mas todas as vezes que ambas tratam das mesmas coisas, os conflitos são inevitáveis. O Criacionismo é um dos melhores exemplos.
Vamos ignorar que a maioria dos Criacionistas são no entanto cientificamente leigos, sendo em sua maioria pastores e teólogos. Vamos considerar como válidos mesmo os títulos científicos de criacionistas que os conseguiram em cursos por correspondência não reconhecidos, e ignoremos o fato de que alguns estabelecimentos cristãos fundamentalistas conseguem distribuir diplomas em áreas científicas apesar de constantes brigas judiciais contra o Ministério da Educação dos E.U.A.
Afinal como é possível que tantos indivíduos que passaram por instituições científicas de ensino superior defenderem propostas completamente irracionais e incoerentes com a Ciência?
Os Criacionistas alegam que a Teoria da Evolução é um embuste, uma fraude com o objetivo de anular a Bíblia como fonte Única de Verdade Suprema. Dizem que há uma conspiração secular que predomina no meio científico, com raízes provavelmente no Iluminismo e Positivismo, se não uma manobra ardilosa do próprio Satanás.
Muitos denunciam que a Evolução ao abalar a autoridade do Livro Sagrado, abre caminho para uma sociedade sem "Deus", que segundo eles só pode conduzir à auto destruição e infelicidade, pois só a crença numa criatura onipotente, vigilante e vingativa poderia manter uma sociedade em ordem.
Afirmam que a verdadeira Ciência é a que afirma a glória de Jeová e confirma os ensinamentos da Bíblia. Alguns até acusam o Evolucionismo de Pseudo Ciência, e de que não passa de uma Torre de Babel de falácias e mentiras com objetivo de disseminar uma filosofia ou religião humanista e atéia.
Em síntese, acusam a Ciência de tudo o que eles próprios são também apropriadamente acusados por alguns de seus adversários: Pseudo Cientistas sem compromisso com a verdade e sim com crenças de uma religião ultrapassada e danosa a toda a história da civilização. (Uma crítica comum entre alguns Anti-Criacionistas.)
Entretanto não cabe aqui esticar mais essa difusão de opiniões pessoais a respeito. Cada um pode acusar ao outro das mesmas coisas. Afinal o que é pior? Acreditar ou não em Deus? Estado vinculado ou não a Religião? Democracia ou Teocracia? Formação filosófica e humanista ou doutrinação religiosa?
E segundo os próprios Criacionistas acusam, o que contribuiria melhor para o progresso da Ciência e da Sociedade? Uma postura Evolucionista e Naturalista ou uma Criacionista e Religiosa?
Deixarei de lado por enquanto aspectos morais e éticos da sociedade, e me concentrarei no que se refere ao verdadeiro conhecimento científico.
Os Criacionistas chegam a declarar que enquanto a Evolução não for descartada e a Criação admitida, toda a Ciência estará envolta em erros e estagnação. Vamos comparar então períodos históricos com relação ao desenvolvimento científico e a disseminação das religiões.
O PRIMEIRO PERÍODO
Vai desde o surgimento do homo sapiens até o surgimento da Filosofia Grega e das Filosofias Orientais, que passaram a substituir os mitos pela razão ou intuição investigativa.
Esse período se estende desde cerca de 200 mil anos atrás até cerca de 600 aC. Sendo então o maior de todos os períodos. Embora muitos Criacionistas acreditem na precisão bíblica de que o Ser Humano tem menos de 6000 anos na Terra, o que por incrível que pareça, não afeta o raciocínio uma vez que tal período continua sendo o maior.
Esse foi o período onde ocorreu a maior intensidade de crenças religiosas, Panteístas ou Politeístas. Nunca se tomou conhecimento de que tenha havido algum grupamento humano que não tivesse sua religião. Esse foi também o período de desenvolvimento científico mais lento da história, principalmente em relação ao tempo que durou. Não acredito que alguém discorde disto sem apelar para lendas do tipo Atlântida ou Lemúria.
O SEGUNDO PERÍODO
Vai desde o surgimento da filosofia até seu obscurecimento, tendo durado pouco menos de Mil anos. Nesse período os Filósofos gregos fizeram progressos notáveis na compreensão do mundo. Mapearam os movimentos celestes, deduziram o átomo, alguns já propunham o Heliocentrismo e conclui-se que a Terra não era plana. Foram criados avançados recursos matemáticos, linguísticos e lógicos. foi desenvolvida a Metafísica, a Ética, a Política, a Astronomia. Muitos de seus avanços são sentidos até a atualidade.
No oriente os Hindus calcularam movimentos astronômicos com incrível precisão, inclusive o movimento terrestre de Precessão, que dura 26 mil anos, através de uma elaboração mística filosófica, deram uma idade para o Universo não muito distante da idade atualmente dada pela Ciência e criaram a mais avançada matemática, que até nós chegou na forma do sistema decimal. A China não ficou atrás em termos de desenvolvimento econômico, filosófico e artístico.
Nesse período, principalmente no ocidente, houve uma considerável retração do pensamento religioso, e as primeiras "Faculdades" foram criadas, a Academia de Platão, o Liceu de Aristóteles, e a Biblioteca de Alexandria, onde já se dizia, "A Ciência nos Liberta do Terror dos Deuses".
O TERCEIRO PERÍODO
Vai da ascensão da Igreja de Roma no ocidente, abrangendo toda a Idade Média, cerca de Mil anos, ou seja, equivalente ao período anterior porém incrivelmente mais lenta em termos de progresso do conhecimento. Na verdade ocorreu o contrário, o Heliocentrismo que já fora proposto em Alexandria foi esquecido, técnicas médicas que remontam a Hipócrates, o Pai da Medicina, foram substituídas novamente por exorcismos e feitiçarias.
A Idade da Sombras de fato justifica esse apelido, pois embora tenha sim, havido progresso, ele com certeza foi mais lento. Mas apenas no Ocidente.
Enquanto com base na Bíblia a Igreja reprimia qualquer forma de Filosofia não Cristã, e travava o progresso com seus Dogmas, no oriente médio que a partir da metade da Idade Média seria dominado pelos Muçulmanos, a Ciência se manteve em pleno ritmo.
O resultado foi um enorme atraso da Europa em relação ao Oriente, que descobria Pólvora, inventava a Bússola, usava especiarias para conservar alimentos, criava telescópios e aperfeiçoava a navegação.
Foi o domínio do Cristianismo na Europa, uma autêntica Teocracia.
O QUARTO PERÍODO
Começa a partir do renascimento, que resgatou na Europa o conhecimento antigo grego e se prontificou a tirar o atraso em relação ao oriente. A imprensa aniquilou o controle de informações por parte da Igreja e surgiu o Iluminismo. Os filósofos romperam com a Teologia católica e o Heliocentrismo foi trazido de volta.
Passou a haver uma reação em relação à Igreja a ao Cristianismo tradicional e assim a Ciência avançou novamente acabando por superar o oriente. Por que isso aconteceu?
Provavelmente por que enquanto o Ocidente rompeu de forma bem mais radical com a religião, o Oriente ainda se manteve preso a ela, apesar do Islamismo e Hinduísmo serem bem menos problemáticos com relação a Ciência.
Em menos de 400 anos, o ocidente progrediu muito mais do que nos 1000 anos de Idade Média, em parte resgatando o conhecimento antigo do SEGUNDO PERÍODO.
O QUINTO PERÍODO
Entretanto no QUARTO PERÍODO os cientistas em sua maioria ainda eram crentes, tendo suas limitações religiosas. Somente a partir do final do século XIX no Ocidente rompeu-se definitivamente com o poder do Cristianismo, os Estados passaram a não mais orientar suas constituições através de códigos religiosos e a Ciência ficou definitivamente livre, apesar de ainda enfrentar repressões.
Nesse âmbito a Teoria da Evolução teve um efeito devastador, ela consolidou a Biologia como uma Ciência Plena e estabeleceu sua comunicação com a Geologia e a Física.
Agora não se aceita mais religião, crença e nem mesmo Metafísica no cerne de desenvolvimento científico, foi a vitória do Ceticismo e por fim a Ciência Disparou resultando no mundo que temos hoje em dia.
Esquematizando:
Períodos
(datas aproximadas)
OCIDENTE
ORIENTE
RELIGIÃO
CIÊNCIA
RELIGIÃO
CIÊNCIA
PRIMEIRO PERÍODO
"200mil"aC - 600 aC
Religiões primitivas, influência máxima da ReligiãomínimodesenvolvimentoReligiões primitivas, influência máxima da Religiãomínimodesenvolvimento
SEGUNDO PERÍODO
600 aC - 400 dC
Surgimento da Filosofia Grega, menor influência da ReligiãoMaior desenvolvimentoSurgimento da Filosofia Hindu, Budista, Taoísta e Confuciana. Menorinterferência religiosa no pensamentoMaior desenvolvimento
TERCEIRO PERÍODO
400 dC - 1500 dC
Apogeu do Cristianismo, estado Teocrático,Altíssima influência da religiãoBaixo desenvolvimentoSurgimento do Islamismo,baixa interferência religiosa no pensamentoDesenvolvimento estávelassim como no período anterior
QUARTO PERÍODO
1500 dC - 1900 dC
Renascimento eenfraquecimento da ReligiãoMais Altodesenvolvimento, o Ocidente ultrapassa o OrienteBaixa interferência Sem grandes alterações, boa parte do oriente começa a ser dominado pelo ocidenteDesenvolvimento estávelassim como no período anterior
QUINTO PERÍODO
1900 dC - Agora
Baixíssima influência da Religião no pensamentoMáximo desenvolvimentoBaixa influência da Religião no pensamento, embora maior que no OcidenteAlto, mas menor que no Ocidente.
Creio que esteja evidente a relação inversa entre Religião e Ciência, pelo menos entre as religiões tradicionais. Os períodos de maior influência religiosa são os de menor desenvolvimento científico.
De fato pode haver convivência harmônica entre religião e Ciência, mas com toda a certeza o Cristianismo foi a que mais travou o desenvolvimento científico, diferente do Budismo e do Hinduísmo, e mais ainda que o Islamismo.
Espiritismo Kardecista, Taoísmo, Neo Panteísmo e diversos outros tipos de religiões novas ou antigas renovadas praticamente não entram em choque com a Ciência. É quase UNICAMENTE o Fundamentalismo Cristão que briga contra a Evolução, e em bem menor grau o Judáico e o Islâmico. Religiões intimamente relacionadas.
Mesmo hoje em dia essa relação continua direta, os países menos desenvolvidos do mundo são os mais influenciados por Religiões, alguns são inclusive Teocráticos.
Diante de tudo isso, é impressionante que exista alguém que ache que estabelecer um conhecimento científico com base na Bíblia seria benéfico para o progresso do conhecimento.
Mas o Criacionistas acham não apenas isso. Como abordarei no próximo texto.
Marcus Valerio XR
26 de Janeiro de 2001

ATITUDES PARA VIVER MELHOR E SER MAIS FELIZ



Tempos atrás, montei um programa de ação com o propósito de me lembrar regrinhas básicas de saúde e bem-estar para poder viver melhor e ser mais feliz. Ao reler, me dei conta que são propostas válidas e que seria interessante partilhar com outras pessoas. Eu não consegui me manter fiel a todas elas, mas talvez você consiga tirar algumas idéias. Sentir-me-ia muito satisfeita se, com meus conselhos, ajudei alguém a VIVER MELHOR E SER MAIS FELIZ.

1) Cuidar da saúde física:
- Manter uma alimentação regular e saudável. Fazer várias refeições diárias. Incluir frutas, verduras e legumes. Evitar doces e frituras, bebidas alcoólicas e refrigerantes.
- Mexer-me. Manter uma rotina de atividade física pelo menos 5x por semana, 30 minutos por dia.
- Ficar atenta às reclamações do corpo, quanto a sintomas. Procurar médico ou dentista quando for necessário.

2) Cuidar do corpo:
- Cuidar do visual. Pra ninguém. Pra mim mesma. Vestir-me melhor. Tratar do cabelo e das unhas. Fazer depilação (mesmo que ninguém vai ver).
- Fazer do banho um ritual de beleza para que resulte num bem-estar geral (usando tudo o tem direito...)
- Manter cuidados com a higiene bucal, escovando também a língua, passando fio dental e utilizando enxaguante bucal todos os dias.

3) Cuidar da mente
- Ler mais. Comprar alguns livros para distrair a mente e nunca apagar a luz para dormir sem antes virar pelo menos uma página de um livro.
- Ter sempre um trabalho manual encaminhado. E dar um tempo para fazê-lo progredir.
- Escrever diário. Pelo menos de vez em quando. O escrever ajuda a coordenar os pensamentos e as idéias.
- Procurar levar a vida de maneira mais relaxada, sem absolutizar os problemas. Uma hora vai melhorar!

4) Sentir prazer no que faz
- Aceitar a realidade sem reclamações inúteis. Enfrentar as dificuldades do dia-a-dia sem desanimar. Melhorar o que for passível de mudança. Conduzir, encaminhar e coordenar as atividades profissionais dando o melhor de mim mesma.
- Procurar perceber pontos positivos e qualidades nas pessoas e nos acontecimentos.

5) Manter um sonho
Ninguém vive sem um sonho. Aquela luz brilhante que nos mantém em caminhada mesmo quando só vemos trevas nos oprimindo. Uma perspectiva. Algo muito bom que vai alterar a realidade e nos trazer felicidade. Um fato, uma situação, um acontecimento... para onde convergimos nosso coração e nosso desejo, nossos pensamentos e esforços.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

FRONTEIRAS FELIZ...POVO FELIZ!


O prefeito eleito de Fronteiras Eudes Agripino (PPS) fez festa juntamente com sua vice Maria José (PMDB) e o líder político Deputado Federal Júlio César. O evento festivo teve inicio as “22”horas  na praça central do município.

Uma multidão se reuniu para ver e ouvir a “Banda Cheiro de Menina com “Vicente Nery”, além de outra Banda de Apoio “Forró Universitário”  que empolgaram a multidão que compareceu ao local da festa. Repertorio atualizado e diversificado o público se divertiu até altas horas.

Eudes Agripino agradeceu a presença de todos e garantiu que fará uma administração voltada para os que mais precisam do poder público municipal. No palco, ao lado de familiares, amigos e correligionários políticos, agradeceu pela vitória consagrada nas urnas no ultimo dia “07” de outubro.











sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sobre TRAIÇÃO e LEALDADE entre os “profissionais” da Política


Quando Nicolau Maquiavel afirmou que “na política, os aliados atuais são os inimigos de amanhã" encontrava-se em meio a uma configuração geopolítica complicada na Europa entre os séculos XV e XVI. Os especialistas em sua obra afirmam que  Maquiavel foi mal interpretado e que ele não defendia a falta de ética entre os acordos políticos, nem tampouco o absolutismo, mas somente a centralização do poder nas mãos do monarca, ao tempo em que apresentava modelos de principado e sugestões de governança, tudo situado no espaço temporal em que viveu. Polêmicas a parte, o fato é que o livro O Príncipe  o levou a fama, postumamente. No entanto,  a propaganda negativa de seu pensamento, que foi sinteticamente traduzido e repassado entre as gerações até os dias atuais, através da máxima:  os fins justificam os meios; chega até nós como um principio de verdade de uma prática que compreende os processos e definem as configurações políticas nos dias atuais.
Pois bem, começo meu artigo de hoje com Maquiavel para proporcionar aos meus poucos leitores e aos muitos políticos a oportunidade de refletir sobre os últimos acontecimentos esdrúxulos na arena política do Piauí,  que alastram por vários de seus municípios, como uma peste sem controle. Acho que não cabe nem sequer entrar em um debate sobre conceitos e ética política, porque não há ética a ser debatida, não existe acordo ético, não existe eticidade pública acordada entre os partidos, candidatos e sociedade que esteja sendo cumprida, pois ao que parece, no lugar em que se encontram os nossos mais “nobres” e expoentes nomes da política, realmente, “os fins justificam os meios”. 
Mas o que podemos fazer, além de rezar para que os fins não estejam resumidos a lucros próprios, desvio de recursos, pagamento de propinas, corrupção, etc.? 
Acredito que podemos fazer muito mais. Podemos por exemplo, não votar nos políticos que se vendem a qualquer preço; porque, acreditem vocês, meus 5 ou 6 leitores,  eles não estão se vendendo porque desejam o bem social, estão se vendendo porque há um acordo de lucratividade no investimento político que, decididamente, não inclui a sociedade.  É verdade que existem os que estão no meio/mercado político porque desejam o desenvolvimento e até se sacrificam pelo ideal, no entanto, está cada vez mais difícil, reconhecer um bom político.
Por outro lado  e voltando ao rumo inicial de nossa prosa; se não podemos falar de ética política porque o nosso estágio atual está tão complicado e corrompido como  séculos atrás, podemos pelo menos nos dedicar a pensar sobre a traição. 
Quando nos sentimos traídos ou quando traímos é porque rompemos com um acordo prévio em que a confiança se pauta na verdade de que algo deve ser cumprido. Essa confiança, que se instaura a partir de um princípio de verdade estabelecido, é a base da lealdade, muito mais do que de uma fidelidade utópica e raramente encontrada na contemporaneidade.
Morin afirma que as mutações no tecido social, assim como, a mudança nos valores e princípios levaram a uma crise da  ética universal, sobretudo, porque as instituições que constituem os pilares da ética coletiva encontram-se em crise, como a religião que carrega em si o principio de religação com Deus e com o outro; como a família que é considerada a célula mater da sociedade; como a educação cujo processo está cada vez mais fragilizado. Se, portanto, a ética está em crise, o que se deve fazer? Voltar à barbárie, estágio da humanidade em que cada um estava por si e nem existia Deus para todos?
A meu ver,  a sociedade está em processo de transformação. Acredito que a ética é temporal e está se adequando aos valores atuais e, portanto, deverá atender as necessidades de respeito, confiança e lealdade dos nossos dias. No entanto, aqui nos surge a maior de todas as dúvidas: _ Se estamos mudando e devemos procurar nos pautar por valores que garantam um futuro melhor para a nossa sociedade, como devemos agir, se as pessoas que deveriam nos inspirar agem sem a menor pauta ética ?
Muitos de nossos políticos que acreditam que possuem poder e riqueza infinitos,  hoje afirmam:_ nós não traímos, fomos apenas fiéis ao nosso partido. Por outro lado, outros afirmam:_ nós não traímos o nosso partido, fomos apenas fiéis ao nosso desejo de ajudar o Piauí. E todos afirmam categoricamente que estão se sacrificando pelo povo. 
Ao que me parece, reina em nosso Estado uma atmosfera ética de utilidade, em que partidos e políticos seguem princípios distintos, sendo que cada um realiza um processo  de adequação ética ao seu objetivo na sociedade. Não existe lealdade ao acordo social que vive no imaginário coletivo do povo, que serve de guia para a comunidade, pois os princípios devem cumpridos porque existe a necessidade de que o bem estar social se instale, e, para tanto, todos precisam abdicar  de alguma coisa para que a sociedade cresça e se desenvolva. 
Por fim, encerro meu artigo hoje, com um pensamento de Confúcio. A ideia é,  tanto fazer um contraponto a Maquiavel,  como, e, principalmente, para que possamos refletir melhor sobre: Traição e Lealdade:
“Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros”. Confúcio 
Ana Regina Rêgo - Phd em Comunicação Corporativa. Mestre em Comunicação e Cultura. Jornalista. Consultora. Profa. PPGCOM-UFPI. Email: ana.rani@uol.com.br
Sobre TRAIÇÃO e LEALDADE entre os “profissionais” da Política 
Quando Nicolau Maquiavel afirmou que “na política, os aliados atuais são os inimigos de amanhã" encontrava-se em meio a uma configuração geopolítica complicada na Europa entre os séculos XV e XVI. Os especialistas em sua obra afirmam que  Maquiavel foi mal interpretado e que ele não defendia a falta de ética entre os acordos políticos, nem tampouco o absolutismo, mas somente a centralização do poder nas mãos do monarca, ao tempo em que apresentava modelos de principado e sugestões de governança, tudo situado no espaço temporal em que viveu. Polêmicas a parte, o fato é que o livro O Príncipe  o levou a fama, postumamente. No entanto,  a propaganda negativa de seu pensamento, que foi sinteticamente traduzido e repassado entre as gerações até os dias atuais, através da máxima:  os fins justificam os meios; chega até nós como um principio de verdade de uma prática que compreende os processos e definem as configurações políticas nos dias atuais.
Pois bem, começo meu artigo de hoje com Maquiavel para proporcionar aos meus poucos leitores e aos muitos políticos a oportunidade de refletir sobre os últimos acontecimentos esdrúxulos na arena política do Piauí,  que alastram por vários de seus municípios, como uma peste sem controle. Acho que não cabe nem sequer entrar em um debate sobre conceitos e ética política, porque não há ética a ser debatida, não existe acordo ético, não existe eticidade pública acordada entre os partidos, candidatos e sociedade que esteja sendo cumprida, pois ao que parece, no lugar em que se encontram os nossos mais “nobres” e expoentes nomes da política, realmente, “os fins justificam os meios”. 
Mas o que podemos fazer, além de rezar para que os fins não estejam resumidos a lucros próprios, desvio de recursos, pagamento de propinas, corrupção, etc.? 
Acredito que podemos fazer muito mais. Podemos por exemplo, não votar nos políticos que se vendem a qualquer preço; porque, acreditem vocês, meus 5 ou 6 leitores,  eles não estão se vendendo porque desejam o bem social, estão se vendendo porque há um acordo de lucratividade no investimento político que, decididamente, não inclui a sociedade.  É verdade que existem os que estão no meio/mercado político porque desejam o desenvolvimento e até se sacrificam pelo ideal, no entanto, está cada vez mais difícil, reconhecer um bom político.
Por outro lado  e voltando ao rumo inicial de nossa prosa; se não podemos falar de ética política porque o nosso estágio atual está tão complicado e corrompido como  séculos atrás, podemos pelo menos nos dedicar a pensar sobre a traição. 
Quando nos sentimos traídos ou quando traímos é porque rompemos com um acordo prévio em que a confiança se pauta na verdade de que algo deve ser cumprido. Essa confiança, que se instaura a partir de um princípio de verdade estabelecido, é a base da lealdade, muito mais do que de uma fidelidade utópica e raramente encontrada na contemporaneidade.
Morin afirma que as mutações no tecido social, assim como, a mudança nos valores e princípios levaram a uma crise da  ética universal, sobretudo, porque as instituições que constituem os pilares da ética coletiva encontram-se em crise, como a religião que carrega em si o principio de religação com Deus e com o outro; como a família que é considerada a célula mater da sociedade; como a educação cujo processo está cada vez mais fragilizado. Se, portanto, a ética está em crise, o que se deve fazer? Voltar à barbárie, estágio da humanidade em que cada um estava por si e nem existia Deus para todos?
A meu ver,  a sociedade está em processo de transformação. Acredito que a ética é temporal e está se adequando aos valores atuais e, portanto, deverá atender as necessidades de respeito, confiança e lealdade dos nossos dias. No entanto, aqui nos surge a maior de todas as dúvidas: _ Se estamos mudando e devemos procurar nos pautar por valores que garantam um futuro melhor para a nossa sociedade, como devemos agir, se as pessoas que deveriam nos inspirar agem sem a menor pauta ética ?
Muitos de nossos políticos que acreditam que possuem poder e riqueza infinitos,  hoje afirmam:_ nós não traímos, fomos apenas fiéis ao nosso partido. Por outro lado, outros afirmam:_ nós não traímos o nosso partido, fomos apenas fiéis ao nosso desejo de ajudar o Piauí. E todos afirmam categoricamente que estão se sacrificando pelo povo. 
Ao que me parece, reina em nosso Estado uma atmosfera ética de utilidade, em que partidos e políticos seguem princípios distintos, sendo que cada um realiza um processo  de adequação ética ao seu objetivo na sociedade. Não existe lealdade ao acordo social que vive no imaginário coletivo do povo, que serve de guia para a comunidade, pois os princípios devem cumpridos porque existe a necessidade de que o bem estar social se instale, e, para tanto, todos precisam abdicar  de alguma coisa para que a sociedade cresça e se desenvolva. 
Por fim, encerro meu artigo hoje, com um pensamento de Confúcio. A ideia é,  tanto fazer um contraponto a Maquiavel,  como, e, principalmente, para que possamos refletir melhor sobre: Traição e Lealdade:
“Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros”. Confúcio 
Ana Regina Rêgo
Phd em Comunicação Corporativa. Mestre em Comunicação e Cultura. Jornalista. Consultora. Profa. PPGCOM-UFPI. email: ana.rani@uol.com.br

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Vicente Neri e Cheiro de Menina animarão a Festa da Vitória em Fronteiras


Está confirmada para o próximo domingo (14) a Festa da Vitória da Coligação Unidos para Avançar, do prefeito Eudes Ribeiro (PPS) e vice-prefeita Maria José (PMDB) que ganharam as Eleições Municipais para o quatriênio (2013-2016).
A festa será animada pelo cantor Vicente Néry e a Banda Cheiro de Menina.
FONTE: fronteirasonline

Confira as fotos da comemoração da vitória de Eudes Ribeiro


O povo de Fronteiras foi as ruas comemorar a vitória de Eudes Ribeiro: